terça-feira, 22 de maio de 2012

SESAB confirma: Bahia tem 204 novos casos de AIDS em 2012

Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), desde janeiro, 204 novos casos de AIDS foram registrados na Bahia, desde janeiro.

Ainda de acordo com a Sesab, dos infectados, 130 são homens e 74 mulheres. O número é considerado alto se comparado a todo o ano de 2011, quando foram identificados 302 pacientes com o vírus HIV.

A estatística ainda pode ser maior que a divulgada, já que os dados foram atualizados somente pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e muitos infectados pelo vírus não procuram atendimentos médicos.

A Sesab informou que de 1984 até junho do ano passado, 18302 casos foram notificados pelo Sinan e registrado no Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos (Siscel).

A incidência de casos no universo masculino é quase 100% maior do que com o feminino. No total foram contabilizados, neste mesmo período, 6812 casos com mulheres e 11490 em homens.

Diagnóstico

Na Bahia, o diagnóstico do vírus pode ser feito de forma gratuita, através do Sistema Único de Saúde (SUS). De forma anônima, testes podem ser realizados a partir da coleta de sangue em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (17), pelo Tribuna da Bahia.

Entre os mais procurados pelos portadores está o Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP, antigo CREAIDS), localizado na Rua Comendador José Alves Ferreira, Garcia, as Unidade de Prevenção e Educação em Saúde (UPEs), Centro Baiano Anti-AIDS, onde os exames podem ser realizados, inclusive em crianças. Este ano, quatro pessoas, menores de 13 anos, foram diagnosticadas com o vírus HIV.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o teste mais utilizado para detectar os anticorpos anti-HIV no organismo chama-se Elisa. O objetivo de exame é procurar determinados anticorpos, desenvolvido apenas pelos infectos ao HIV. Para não restar dúvidas quanto o resultado, o paciente deve realizar o teste de Western Blot.

Apesar do resultado negativo, caso haja suspeita de infecção, o indivíduo ainda pode estar infectado, pois dependendo do período, a taxa de anticorpos pode não estar desenvolvida o suficiente para serem diagnosticadas em exames.

Apesar da garantia de tratamento gratuito, o medo do diagnóstico, falta de informação e preconceito são alguns dos fatores que contribuem para a baixa expectativa de vida entre os pacientes.

Ano passado, o Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal da Bahia realizou estudo com 1241 pessoas e confirmou que 50% dos portadores de HIV Aids têm acesso tardio aos serviços de saúde, o que diminui a expectativa de vida. Outros 40,3% levam até três meses para ter a primeira consulta médica e apenas um quarto chega aos serviços públicos de saúde, um mês após o diagnóstico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário